Queridos todos, esta é a minha livre tradução para o texto "Maybe Tomorrow" de Lindy Redmond, New York State Challenge Master for Instant Challenges.
Acho um texto ótimo para trabalhar com alunos e professores, filhos e pais, em defesa da livre expressão das crianças (através das imagens também).
“Eu faso”, disse o menino de dois anos,
“Mamãe, eu faso agora”,
“Oh, não, querido”, ela responde
“Deixe eu mostrar pra você como é!”
“Eu quero tentar” – ele disse aos três anos – "Quero arrumar a minha cama,”
“Não, você vai deixar amarrotado.
Que tal brincar de colorir?”
E ela abriu o livro de colorir sobre a mesa, perto dele.
“Veja, tente colorir dentro das linhas. Sem borrar”
“Mas, mamãe, eu quero desenhar um mundo.
Cheio de borboletas, com montanhas altas e arco-íris no céu!”
“Pinte com cuidado” – ela recomendou – "As flores de vermelho e todo o céu de azul claro.
Dentro das linhas”.
Certo dia, aos quatro anos, quando ele tentava amarrar seus sapatos, seu pai lhe disse:
“Eu vou lhe mostrar como se faz. E, depois, você pode tentar”.
Assim foi até seus cinco anos - os outros sempre lhe dizendo “o que fazer e como fazer”
Lhe "demonstrando" e lhe dando regras.
Então, um dia, o ônibus escolar o apanhou em sua porta.
E o pequeno garoto pensou que agora, finalmente, ele poderia explorar o mundo,
poderia sonhar e imaginar, descobrir as coisas por si mesmo.
Colorir com as suas cores e experimentar.
Voar até as altas montanhas!
Poderia criar.
Desenvolver seus talentos e descobrir seus dons e habilidades.
A professora entrou na sala e cumprimentou a todos,
“Peguem seus lápis e papéis" – ela disse – "Nós vamos nos divertir hoje!
Sigam este pontilhado para fazer um coelho.
E depois coloquem seu nome com capricho.
Os coelhos devem ser marrons com grandes orelhas, e devem ficar todos parecidos”
“Mas eu não quero meu coelho reto. Em pé, parado…
Quero ele agachado, no meio da grama. E branco. E fim.”
“Todos eles ficarão legais se nós deixarmos todos parecidos.
Agora, por favor, sente-se e comece seu trabalho. Nós temos muito o que fazer”.
Então o menino sentou-se lentamente.
Seus olhos tinham perdido o brilho,
Ele agora sabia o que tinha pela frente: monotonia e vazio.
“Talvez mais tarde, pensou o rapazinho, ela deixe eu fazer do meu jeito.
Talvez amanhã eu possa colorir meu desenho sozinho...”
Assim, na manhã seguinte, quando eles pegaram os lápis, o menino pensou:
“Farei um céu todo laranja. Vai ficar bem diferente, sem dúvida.”
“Pinte com cuidado. – A professora disse – Todo o céu de azul claro e sempre dentro das linhas”.
“Talvez amanhã…”, pensou o menino, “Talvez nunca…”
E assim ele começou a colorir o céu de azul claro.
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