Ao contrário de muitos colegas de profissão eu tenho grande dificuldade
em responder qual é o meu traço.
E acredito que o editor que procurá-lo, como um único,
também terá grande dificuldade nesta tarefa.
Acontece que eu não tenho um único traço característico.
Tenho alguns traços com algumas características semelhantes,
por assim dizer.
por assim dizer.
E pra tornar essa "classificação" do meu traço ainda mais complicada,
eu também me dou ao prazer de trabalhar com diferentes técnicas:
aquarela, lápis de cor, acrílica, colagem...
Não é pra encrencar não, viu?
É que, como ilustradora, acredito que a técnica e o traço
de uma ilustração estão a serviço da narrativa.
de uma ilustração estão a serviço da narrativa.
Quando digo narrativa, não me refiro exatamente (ou somente)
ao texto, mas ao tom, a atmosfera, a voz narrativa da história.
ao texto, mas ao tom, a atmosfera, a voz narrativa da história.
E, é por isso, que busco sempre pesquisar e experimentar
técnicas e traços que possam me ajudar a contar melhor
determinada história para o leitor.
técnicas e traços que possam me ajudar a contar melhor
determinada história para o leitor.
Este post é um pequeno mosaico de alguns trabalhos em que uso, de forma bem variada,
diferentes soluções para as ilustrações.
Buscando sempre agregar valor a narrativa,
através das imagens que crio para elas.
Colagem de tecidos e apliques e estampa feita com carimbo de folhas naturais para contar a história de Berenice "A aranha bordadeira".
Colagem de páginas de livros e revistas e muita fantasia para dar o clima de "Alice" à "Rita, rita, rita.", tem até o coelho anunciando: "tá na hora da história!"
Muita colagem de tecidos, muita tinta e muito humor pra contar a história divertidíssima dos "Chapeuzinhos Coloridos".
Tecidos, rendinhas, flores e manchas pra compor as memórias da menina em seu "Natal com chuva miúda e cheirinho de jasmim".
Imagens em preto e branco, com colagens e metáforas para compor o clima tenso do juvenil "O menino do capuz vermelho".
Várias camadas de gesso, tinta sépia, manchas e texturas pra compor a lama da história do porquinho "Bonifácio".
Só lápis de cor, recorte e colagem com papéis coloridos e de diferentes embrulhos para uma história cheia de bilhetes em folhas de caderno e em papéis de pão do "Um fio de Amizade".
Pintura sobre papel azul, um colorido a mais pra dar tempero a história da "Avó com cheiro de pão caseiro".
Marília,
ResponderExcluirMuito legal sua reflexão sobre o seu
trabalho como ilustradora.
Penso que há espaço para todos os tipos
de ilustradores de literatura infantil/
juvenil.O que importa é o compromisso
do artista com a Arte.
um bj
Cristina Sá
http://cristinasaliteraturainfantile
juvenil.blogspot.com
Show!
ResponderExcluirGesso? Imagino a sujeira. Mas ficou super bacana!